Adolescência: o peso invisível do cyberbullying

Quem assistiu à série Adolescência, da Netflix, sabe o impacto que ela causa. O drama do jovem Jamie, acusado de um crime após ser vítima de bullying, vai além da ficção — é um retrato duro do que muitos adolescentes vivem hoje em dia, muitas vezes calados.

Como pai, não tem como não se colocar no lugar. Quando vi aquela história, pensei logo: E se fosse o meu filho? Essa pergunta machuca, mas é necessária. É daí que vem a vontade de agir.

Quando meus filhos, Guilherme e Maria Rita, nasceram, entendi que meu maior papel seria protegê-los. E, como deputado, essa missão se estendeu: lutar também por outras crianças e adolescentes que não têm voz ou apoio.

Por isso, criei a Lei nº 927/2023, que já está em vigor em Mato Grosso. Ela determina que o cyberbullying entre nas ações obrigatórias de prevenção e combate ao bullying nas escolas públicas e privadas do estado. A lei foi sancionada em fevereiro deste ano e fortalece a Lei nº 9.724/2012, reconhecendo o cyberbullying como uma violência digital que machuca, expõe e ameaça nossos jovens.

A nova lei exige que o tema seja trabalhado nas escolas, dentro dos projetos pedagógicos, e ainda cria a Semana de Combate e Prevenção ao Assédio Escolar, Bullying e Cyberbullying, que vai acontecer todos os anos na primeira semana de abril.

Neste 7 de abril, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência Escolar, deixo aqui um convite: vamos refletir juntos sobre o que nossos filhos estão vivendo na internet? A rede pode ser um espaço incrível, mas também esconde muitos perigos quando falta orientação e diálogo.

Esse problema é real e precisa ser enfrentado com seriedade, com informação, conversa e políticas públicas que funcionem de verdade. Proteger nossos jovens é uma missão de todos nós.

Por Fabio Tardin “Fabinho”, deputado estadual por Mato Grosso. Acompanhe meu mandato pelo Instagram: @fabinhotardin